O uso das TICs: Informações Públicas nas gestões municipais

6 de set. de 2016

A administração pública passou por diversas mudanças nos últimos 30 anos. Parte dessas alterações tem origem nasoportunidades criadas pelas inovações tecnológicas. O objetivo deste trabalho é apresentar como tem sido o uso de tecnologias da informação e comunicação (TICs) nas inovações promovidas na administração pública federal brasileira. Para tanto, tomamos como base a descrição de cinco experiências inovadoras em TIC premiadas nos concursos anuais Inovação na Gestão Pública Federal, realizados pela Escola Nacional de Administração Pública (ENAP): o Portal da Transparência da Controladoria-Geral da União (CGU); o Programa Nacional do Livro Didático; o uso dos computadores de mão pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); a entrega da Declaração do Imposto de Renda via internet; e a utilização de urnas eletrônicas nas eleições brasileiras. A despeito da relevância dos avanços do governo eletrônico brasileiro até aqui, medidas de aprimoramento da interação entre os diversos órgãos públicos e também das políticas públicas de inclusão digital ainda se fazem necessárias.
Temos visto, ao longo dos últimos anos, uma crescente aplicação das TIC. Principalmente a Internet, nos diferentes níveis de governo, inclusive em nosso Estado: o e-mail; a e-pesquisa; a e-governança e o e-governo.
A e-governança, usando as TIC objetivando o aumento da eficácia e da eficiência, a melhoria da qualidade, na transparência e na fiscalização das ações e serviços governamentais e de outras instituições públicas. Pode-se utilizar a Internet para:
  • Divulgar as ações desenvolvidas pelos diferentes órgãos da prefeitura, inclusive a prestação de contas dos gastos e investimentos realizados;
  • Dar mais velocidade á tomada de decisão; na prestação de serviços de melhor qualidade, com a implantação de uma Intranet, que possibilita a informação integrada e disponível em toda a rede;
  • Oferecer serviços on-line, como a marcação de consultas, emissão de certificados, recebimento de tributos, realização de matrículas escolares, entre outros;
  • Realizar leilões e licitações eletrônicas, comprar e fornecer serviços.

Este avanço para os incluídos digitalmente (e-cidadãos) pode aumentar o fosso em relação aos que estão marginalizados, principalmente se os serviços ofertados pela prefeitura face a face (presencial) forem reduzidos ou eliminados. Portanto, não se pode deixar de se preocupar com os excluídos digitalmente, por que eles são a maioria. Em vez de fechar as portas para os serviços presenciais, os administradores devem estudar e implantar o modelo de complementariedade (virtual + presencial) na oferta de serviços.

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